Comandado pelo fotógrafo Victor Collor ao lado do chef Stefan Weitbrecht, mesmos donos do 212, casa que há seis anos faz sucesso a poucos metros do novo bar/ restaurante, o Atlântico 212 tem proposta casual no ambiente e no atendimento, mas seríssima quando o assunto é comer e beber bem.
O menu é extenso, daqueles que dá vontade de provar absolutamente tudo. Se estiver com mais amigos, vale a pena dividir um pouco de tudo no centro da mesa; se estiver sozinho, já fica o aviso: prepare-se para o sofrimento ao ter que escolher apenas alguns pratos. Eles sabem exaltar o mar e o melhor que ele oferece!
Do bar de ostras, saem caprichados itens como o carpaccio de lagostin com tomate e shissô (R$ 62); o tartar de atum com gema curada (R$ 44); as ostras que chegam de Santa Catarina (R$ 18 -- a dupla); o crudo de peixe branco do dia com bottarga e molho levemente adocicado de ameixa (R$ 42).
Já a parte quente, o eio pelas águas começa com sandubas caprichados, como o Fillet o Fish (R$ 38), versão da casa para o tão aclamado MC Fish, ou o Tuna Katsu Sando (R$ 48).
Entre os petiscos, a croqueta de siri (R$ 26 -- uma unidade); o tempurá de siri mole (R$ 42); e o marisco sarnambi (lambe-lambe) com molho levemente apimentado (R$ 44) acompanhado de pão torrado na brasa são irresistíveis. Ainda tem espeto de cogumelos (R$ 38) ou acelga grelhada (R$ 32) para a turma que não abre mão de um vegetal.
Uma seção de noodles com 3 opções: vôngole com vinho branco (R$ 72); lagostim (R$ 84); e fideuá de cogumelos (R$ 68) e outra de arrozes com o de lula com kimchi (R$ 76); o de camarão com linguiça e omelete (R$ 78); ou o vegetariano caprese com straciatella (R$ 63) fazem bonito. O peixe do dia pode ser defumado com tomate confit e creme azedo (R$ 78); no vapor com alho-poró e pepinos grelhados (R$ 74); e na brasa com couve kale (R$ 76).
Para encerrar a refeição, as sobremesas, que inúmeras vezes são deixadas de lado, aqui, merecem destaque. O cardápio conta com uma mousse de chocolate meio-amarga que chega com creme inglês e raspas de laranja impecável (R$ 22); uma parruda torta de maça com creme de baunilha (R$ 30); ou ainda o bolo de azeite com curd cítrico (R$ 26) dignos de aplausos.
O local tem alma e estrutura de bar, e conta com torneira de chope. A carta de saquês, vinhos e drinques já está a todo vapor. Quem comanda o bar é a premiada bartender argentina Chula Barmaid, que se inspirou na paleta de cores da casa (tons de marrom, bronze e amarelados) para criar seus coquetéis autorais, construídos a partir do uso do fogo e de clarificações. O resultado foram drinques delicados e complexos no paladar, como o salino Ilha (awamori, água de tomate e pimenta biquinho -- R$ 54), o Mato (abóbora assada, gin roku , blend dry -- R$ 48) e o A.MAR (rum, jerez fino e maçã clarificada -- R$ 54).
O Atlântico 212 já nasceu badalado, tanto que aos finais de semana a calçada tomada de gente já dá o tom do merecido sucesso. Em uma ampla esquina, a última da rua dos Pinheiros, com pé direito alto, concreto aparente, música animada e no tom certo ao fundo, balcão convidativo de onde é possível ver de perto o trabalho do chef Stefan e sua equipe, e menu redondo mesmo com apenas um mês de funcionamento, ninguém duvida que esse é um endereço que chegou para fazer história na cidade.
Atlântico 212: Rua dos Pinheiros, 70 - Pinheiros - São Paulo - SP / Funcionamento: terça a sábado, das 19h à 00h, e aos domingos, das 12h às 17h.